Muitas vezes se critica as cenas dos filmes românticos pelo seu irrealismo, bem como muitas vezes se idealiza uma relação como vemos naquele filme romântico que encanta multidões e enche salas de cinema em todo o mundo. O que temos de perceber é que existem muitas diferenças que distinguem esse mundo demasiado fantasiado do nosso mundo real. Sim porque ainda existe muita boa gente a confundir as duas realidades. O que acontece com os filmes românticos é que levam muitas pessoas a idealizar um príncipe encantado que depois na realidade é mais difícil de encontrar que nos filmes. Mas vamos então ver algumas diferenças entre as duas realidades.
Diferenças entre o amor no cinema e o amor na realidade
Analisando 40 sucessos do gênero (como “Enquanto Você Dormia”, com o casalzinho Sandra Bullock e Bill Pullman, e “Mensagem para Você”, com Meg Ryan e Tom Hanks), encontram-se alguns dos elementos mais perigosos das histórias: os conceitos de que casais se apaixonam instantaneamente; que, no final, o destino sempre une as pessoas que se amam; e que há apenas um par perfeito para cada um. Além disso, nos filmes as traições e mancadas são superadas com muito mais facilidade do que na vida real. in Super Abril
Coincidências – As coincidências nos filmes estão sempre a acontecer. Seja aquela pessoa que encontra vezes sem conta no mesmo local a horas diferentes, seja aquele bilhete que encontra no meio da rua onde tantas pessoas também o poderiam encontrar. Tudo são coincidências que raramente ocorrem na vida real ou não com tanta frequência como ocorrem nos filmes.
Final feliz – Nos filmes românticos o final é sempre mais ou menos feliz, caso contrário seria um drama. Por isso podemos ver o filme e as coisas a correr mal a torto e a direito que sabemos que no final tudo irá ser resolvido e que as personagens principais irão ficar juntas. O esquema pelo qual estes filmes são construídos é quase igual a todos, introduzindo apenas algumas mudanças de filme para filme. Na vida real como sabemos as coisas não ocorrem da mesma maneira, o que existe cada vez menos nesta vida são finais felizes. Finais felizes é nos filmes e é bom que seja para nos manter ainda a sonhar.
Ajudas divinas – Parece sempre que tudo ajuda para correr bem a história. As coincidências, as pessoas que rodeiam toda a história do filme, etc. As pessoas parece que estão destinadas umas ás outras sem terem de trabalhar muito para isso. As coisas parecem demasiado facilitadas e passa a ideia de que não requerem trabalho. Como sabem para ter uma boa relação e para conhecer pessoas não basta estalar os dedos, por vezes é bastante complicado e trabalhoso.
Amor à primeira vista – Outros dos clichés dos filmes de amor é o amor à primeira vista. Nos filmes tudo parece bonito, o rapaz vê uma rapariga e fica desde logo encantado com ela e acabam por começar uma relação mais tarde e novamente ter um final feliz. Na realidade as coisas acontecem de forma diferente. Para já não acredito em amor à primeira vista. Acredito em atração, porque o que vemos à primeira vista é a aparência física e existe alguém que se apaixona por isso, sem ligar ao que está no interior das pessoas? Não me parece… Pode-se ter um exterior muito bonito, mas se o interior não estiver de acordo a relação torna-se bastante complicada.
Cenas de intimidade – As cenas de intimidade também são muito engraçadas porque no final corre sempre tudo bem e parece bastante fácil ter uma relação. Na vida real surgem sempre alguns problemas, seja o preservativo, ou a dor da primeira penetração, sei lá tantas coisas, que nos filmes pura e simplesmente não acontecem. Sejam os atores no filme experientes ou sem experiência nenhuma as coisas correm sempre bem. Na vida real as coisas são um pouco diferentes…
A vida não tem música de fundo – Uma vida com música é bem melhor do que uma vida sem som, mas infelizmente na vida não temos aquela música de fundo a acompanhar cada passo nosso, ou os momentos de maior relance na nossa vida. Só se andarem sempre com um ipod atrás de vocês e mesmo assim podem ficar sem bateria.
O impossível parece tão possível – Costuma-se dizer que nada impossível, mas nos filmes essa ideia é levada ao extremo. As coisas têm sempre de correr bem e acabar bem, por isso por mais mal que esteja a situação acaba sempre por se resolver de uma forma ou de outra, nem que seja preciso acontecer o impossível e aquilo que ninguém estava à espera. Coisas que na vida real raramente acontecem.