[LGBT] Como a LGBTfobia pode afetar a minha relação?

Longe de ser algo pouco comum, a lgbtfobia pode trazer problemas à saúde de qualquer relacionamento homossexual e por mais que se pense que estes preconceitos possam ser rejeitados, existem várias formas que levam a que estes comportamentos e palavras afetem uma relação. Acredita que a lgbtfobia pode até ser praticada por um dos elementos da relação? Pois é, ninguém é 100% desconstruído e por isso com o artigo de hoje vamos mostrar algumas formas de preconceito que afetam uma relação LGBT e que podem causar danos graves.

Entenda a LGBTfobia

O termo LGBTfobia é utilizado de forma inclusiva a todos os membros da comunidade LGBT e significa todo o ódio, medo, repulsa, aversão ou preconceito que todos os membros dessa comunidade sofrem. O termo mais comum e generalizado é homofobia, contudo não é tão inclusivo quando lgbtfobia. Qualquer hostilidade, ato ou manifestação de ódio ou rejeição a homossexuais, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgéneros pode ser considerado lgbtfobia.

Dentro deste termo generalizado pode ainda haver outros termos mais concretos como a Lesbofobia (Preconceito e qualquer manifestação de ódio ou rejeição contra mulheres lésbicas) ou a Transfobia (Atitudes, sentimentos ou palavras contra pessoas transexuais, travestis ou transgénero).

Formas de preconceito mais comuns

Dentro deste tópico estão as formas mais comuns de preconceito, mas não são as únicas, existem pequenas atitudes ou até expressões que podem, até mesmo sem qualquer intenção, atingir e ofender a comunidade LGBT. Seguem-se alguns exemplos das formas de preconceito mais comuns e com este ponto pedimos que reflita e que pense se já viveu ou até se já praticou algumas destas ações ou palavras:

  • Expressões pejorativas – São várias e podem vir de quem menos espera. Expressões como “não tenho nada contra, mas…” nunca trazem nada de bom e são carregadas de preconceito! Existem também inúmeras palavras que são atribuídas à comunidade lgbt e que são usadas como ofensa para terceiros. Ser gay não é e não tem que ser uma ofensa, nem para um homem heterossexual. E se você leva isso como ofensa lamento informar que está sendo preconceituoso.
  • Exclusão social – A exclusão social pode acontecer de várias formas e não é só com a rejeição direta. O facto da orientação sexual ou identidade de género ser determinante na hora de encontrar emprego, exercer determinada atividade ou até afetar a credibilidade são sim formas de preconceito e continuam sim afetando a vida da comunidade LGBT. Mesmo que cada vez mais tenhamos representatividade, ainda é isso mesmo. Não é igualdade, por isso ainda há muita mentalidade para mudar.
  • Perguntas desnecessárias – Afinal… quando foi a última vez que um heterossexual teve que contar a todo o mundo que gosta do sexo oposto? Nunca, certo? Contudo, para a comunidade LGBT existem vários questionamentos que são feitos e todos eles extremamente desnecessários. Perguntas sobre a sua sexualidade, os seus sentimentos não têm que ser respondidas para quem não tem rigorosamente nada a ver com isso.
  • Estereótipos – Quem nunca ouviu o “ah, ele nem parece gay”? Não parece e nem tem que parecer, porque são nada mais nada menos que estereótipos criados e que não podem ser generalizados. Cada pessoa é uma pessoa.

Como desconstruir o preconceito

É urgente que se pense sobre estas formas de LGBTfobia e que se inicie um processo de descontrução e ele deve ser efetuado por todos nós. Ninguém é 100% descontruido e devemos lutar e aprender diariamente a respeitar e incluir o próximo. Para começar essa descontrução é obrigatório refletir sobre os preconceitos e a forma como eles estão enraizados na nossa sociedade. De seguida há que eliminar qualquer atitude ou comportamento que siga estas tendências.

Para os que ainda não conseguiram sequer aceitar ou sentem qualquer sentimento de medo, repulsa ou ódio, há um caminho mais difícil para trilhar, contudo é necessário expor e mostrar a diversidade, garantindo a inclusão da comunidade LGBT em todas as áreas e em todos os lugares. Promover a educação também é muito importante, porque muito preconceito vem da falta de conhecimento e de tradições e pensamentos que são arcaicos e que já não fazem sentido. É essencial a união e a lei do lado da comunidade LGBT para que a sociedade possa progredir e evoluir.